Dependendo da data que você está lendo este artigo, ainda estamos em outubro, e como você já deve saber, neste mês a campanha Outubro Rosa é divulgada em todo o país pelas mais diversas instituições, tanto públicas, quanto privadas. Inclusive a Imed também aderiu a campanha e fomos um pouco além, promovendo a campanha Ame-se, que fala não apenas dos cuidados contra o câncer de mama e de colo do útero, mas dos cuidados em geral que a mulher precisa ter com sua saúde. Porém, neste artigo, nós queremos falar sobre um tema um pouco diferente. Trata-se da pobreza menstrual. Continue lendo para saber mais!
Além do Outubro Rosa e a campanha Ame-se que acabamos de mencionar, também apoiamos uma outra campanha em parceria com o Shopping Pátio Cianê e o Girl Up Brasil, um movimento global da Fundação das Nações Unidas voltado à igualdade de gênero. A campanha tem o nome de Todos por Elas, campanha esta que aborda o tema “pobreza menstrual“.
O assunto está em alta no atual momento, mas na verdade é um problema antigo.
A pobreza menstrual, também chamada de precariedade menstrual, é o termo dado à falta de acesso a produtos para manter uma boa higiene no período da menstruação, e está relacionada à pobreza, bem como à infraestrutura do seu ambiente, especialmente de saneamento.
O termo também se refere à falta de acesso à educação necessária para gerenciar a higiene menstrual. A pobreza menstrual e o tabu em torno da menstruação impedem meninas e mulheres de participar da vida cotidiana. O que tem consequências graves como a ausência na escola ou no trabalho durante seus períodos menstruais.
Alguns números relacionados à pobreza menstrual
Talvez, logo de início, esse assunto possa parecer um pouco irrelevante, mas a pobreza menstrual é mais séria do que você pode imaginar. A seguir, vamos te apresentar alguns números para que você tenha uma ideia.
Globalmente, mitos, tabus e desinformação aprisionam a menstruação em um esconderijo que ceifa oportunidades. Castigando ainda mais aquelas já previamente subjugadas pela desigualdade social e racial.
Em decorrência disso, estima-se em pelo menos 500 milhões o número global de meninas e mulheres que não dispõem de instalações para o adequado manejo da higiene menstrual.
Os estudos sobre o tema são bem escassos. Mas mostram que mais de 1,5 milhão de brasileiras estão submetidas ao mais primário dos problemas relativos ao esgoto. Vivendo em residências em que os banheiros sequer existem (BRK AMBIENTAL, 2018).
Nas residências brasileiras, 11% das mulheres com mais de 80 anos não têm acesso à rede geral de distribuição de água, violação que se agrava progressivamente para as mais jovens até chegar a 17% entre as meninas com até 19 anos (BRK AMBIENTAL, 2018).
O Brasil tem hoje cerca de 7,5 milhões de meninas que menstruam na escola. Quase 90% delas frequentam a rede pública de ensino, a qual nem sempre tem condições de receber meninas nessas condições.
Segundo dados da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PENSE) do IBGE (2015), cerca de 3% das alunas estudam em escolas que não têm banheiro em condições de uso.
O percentual pode parecer pequeno, mas corresponde a um universo estimado de 213 mil meninas.
Além disso, uma série de mitos circunda a menstruação, entre os quais a ideia de que durante o período menstrual não é bom tocar na comida ou cozinhar, apenas citando um exemplo.
Você pode fazer a diferença!
Como você pode notar, o problema da pobreza menstrual é algo sério, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro.
É por isso que nós da Imed damos o nosso total apoio a campanha Todos por Elas e convidamos você a fazer o mesmo!
Se você mora em Sorocaba, pode doar absorventes. Nós temos um ponto de arrecadação no Shopping Pátio Cianê, ao lado das lojas Renner.
Ou você também pode fazer sua doação em qualquer uma das unidades da Imed. Para mais detalhes, entre em contato conosco!
Lembrando que, se você não mora em Sorocaba, pode procurar por informações na sua cidade, se há alguma campanha similar a Todos Por Elas e como você pode ajudar!