A adolescência é uma fase de mudanças intensas. O corpo se transforma, as emoções ganham intensidade, os vínculos sociais se tornam mais complexos e as cobranças por autonomia aumentam. Para adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), esse período pode ser ainda mais desafiador — tanto para eles quanto para suas famílias.
Se na infância os sinais do autismo já exigem atenção e cuidado, na adolescência eles ganham novas formas e podem gerar dúvidas, inseguranças e conflitos. Compreender esses desafios é fundamental para oferecer o suporte certo e promover um desenvolvimento mais equilibrado e saudável. Continue lendo para saber mais.
O que muda na adolescência de quem tem TEA?
Cada adolescente com TEA é único. Porém, existem algumas características comuns que podem se intensificar ou mudar de forma nessa fase da vida:
- Maior dificuldade com as mudanças hormonais e emocionais
- Aumento da ansiedade social frente às novas exigências de interação
- Conflitos de identidade e sentimento de inadequação
- Desafios na adaptação escolar e no relacionamento com colegas
- Busca por independência, mas com necessidade de suporte contínuo
- Possíveis crises de comportamento, causadas por sobrecarga sensorial ou emocional
Essas dificuldades não significam que o adolescente com autismo não possa crescer, amadurecer ou se adaptar. Elas apenas mostram que esse processo pode exigir mais atenção e estratégias específicas.
O papel da família nesse período
Durante a adolescência, muitos pais acreditam que já “deveriam” estar soltando as rédeas. Mas no caso do adolescente com TEA, o apoio familiar continua sendo essencial — embora precise ser ajustado.
Alguns pontos importantes:
- Reforce a autoestima: adolescentes autistas, muitas vezes, se sentem “errados” por não se encaixarem em grupos. Valorize suas habilidades e conquistas.
- Converse sobre as mudanças do corpo e da mente: mesmo que o adolescente tenha dificuldades de comunicação, é importante abordar sexualidade, higiene e emoções.
- Ofereça liberdade com responsabilidade: incentive a autonomia, mas mantenha acompanhamento próximo.
- Escute sem julgamento: muitos adolescentes com TEA conseguem expressar o que sentem, desde que se sintam seguros e respeitados.
- Mantenha uma rede de apoio terapêutico: psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais podem ajudar no desenvolvimento emocional e social.
A escola e os relacionamentos sociais
Na adolescência, o desejo de fazer parte de grupos, ter amigos e construir relações afetivas se torna mais evidente. Para o adolescente com autismo, essas experiências podem ser fontes tanto de crescimento quanto de frustração.
A escola tem papel fundamental e deve:
- Promover a inclusão de forma real, não apenas formal
- Sensibilizar colegas e educadores sobre o TEA
- Oferecer estratégias adaptadas de ensino e avaliação
- Apoiar a socialização respeitando os limites e preferências do aluno
A importância do acompanhamento especializado
Na IMED Saúde entendemos que a adolescência de jovens com TEA exige uma abordagem sensível, técnica e individualizada. Nossa equipe está preparada para:
- Trabalhar habilidades socioemocionais
- Ajudar o adolescente a lidar com frustrações e mudanças
- Apoiar os pais e responsáveis nessa nova fase
- Promover a autonomia de forma segura e progressiva
Cada adolescente tem seu tempo e suas necessidades. Respeitar isso é o primeiro passo para ajudá-lo a crescer com mais equilíbrio, dignidade e bem-estar.
Com empatia, tudo é possível
A adolescência não precisa ser um período de medo ou tensão. Com suporte adequado e um olhar acolhedor, é possível transformar essa fase em uma ponte para a vida adulta, onde o adolescente com autismo possa descobrir sua força, seus talentos e seu lugar no mundo.
Na IMED Saúde, você encontra uma equipe pronta para caminhar junto com sua família. Agende uma avaliação e descubra como podemos ajudar.