Quando se fala em autismo, muitas pessoas ainda associam automaticamente à infância. No entanto, milhares de adultos vivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) sem sequer saber disso. Isso porque, por muito tempo, o conhecimento sobre o autismo era limitado, e os sinais mais sutis passavam despercebidos, principalmente em pessoas com boas habilidades cognitivas e capacidade de adaptação.
Hoje, com mais informações disponíveis e profissionais capacitados, cresce o número de adultos que recebem o diagnóstico de TEA já na fase adulta — e junto com ele, muitas respostas sobre aspectos da própria vida que sempre pareceram “fora do lugar”. Continue lendo para saber mais.
O que é o autismo em adultos?
O autismo em adultos pode se manifestar de maneiras diferentes, principalmente porque, ao longo dos anos, muitos desenvolvem formas de lidar com o mundo social e emocional por conta própria. Mas isso não significa que a jornada seja leve.
Muitos adultos com autismo relatam:
- Dificuldade em compreender normas sociais implícitas (como entender ironias, duplos sentidos ou “ler nas entrelinhas”)
- Sensibilidade intensa a ruídos, cheiros, luzes ou toques
- Dificuldade em manter conversas prolongadas ou lidar com grupos grandes
- Preferência por rotinas rígidas e desconforto com mudanças inesperadas
- Sentimento constante de exaustão após interações sociais
- Isolamento social ou sensação de “não pertencimento”
- Interesse profundo e específico por certos temas ou atividades
Esses traços, quando compreendidos com o olhar clínico correto, ajudam a construir um diagnóstico que não rotula, mas liberta.
Por que o diagnóstico tardio acontece com frequência
Durante décadas, o autismo foi diagnosticado principalmente em meninos com comportamentos muito evidentes. As meninas e os adultos — especialmente os que aprendiam a mascarar os sinais para se “encaixar” — ficavam fora do radar.
Além disso, muitos dos traços do TEA eram atribuídos a outras características, como:
- Timidez excessiva
- Introversão
- Ansiedade social
- Rigor ou perfeccionismo
- “Gênio difícil” ou “antissociabilidade”
Esse atraso no diagnóstico gera impactos profundos na autoestima, na saúde mental e nas relações sociais dessas pessoas. Muitos relatam anos de frustração, sensação de inadequação e dificuldade de manter relacionamentos estáveis.
O que muda com o diagnóstico?
Receber o diagnóstico de autismo na vida adulta pode ser um ponto de virada. Ao entender sua própria forma de funcionar, a pessoa passa a:
- Se cobrar menos por dificuldades sociais
- Buscar relações mais saudáveis e compatíveis
- Adaptar ambientes e rotinas às suas necessidades sensoriais
- Fortalecer a autoestima
- Procurar terapias e acompanhamentos mais específicos para sua realidade
Além disso, o diagnóstico permite que familiares e parceiros compreendam melhor a forma como aquela pessoa se comunica, sente e se relaciona com o mundo.
A importância do suporte profissional
O autismo em adultos não exige, necessariamente, medicação ou tratamentos invasivos. Em muitos casos, o acompanhamento terapêutico e psicológico já proporciona grandes avanços na qualidade de vida.
Na IMED Saúde, localizada em Sorocaba-SP, oferecemos uma equipe preparada para acolher adultos que desejam compreender melhor seu funcionamento neurológico e emocional. Com respeito, empatia e profissionalismo, nossa missão é ajudar você a se conhecer melhor e viver com mais leveza.
É tarde para buscar ajuda? Nunca
Se você se identificou com algumas das situações descritas aqui, ou conhece alguém que sempre se sentiu “diferente” e nunca soube o porquê, talvez seja hora de buscar orientação profissional.
Autoconhecimento é o primeiro passo para viver com autenticidade. E nunca é tarde para começar.
Agende uma avaliação na IMED Saúde e descubra que compreender a si mesmo pode ser o começo de uma nova fase.